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APRENDIZAGEM AUTÔNOMA

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O aluno no controle das atividades educativas

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Apesar da familiaridade com o ensino a distância, a autonomia nos processos de aprendizagem passa a ser objeto de discussão para compreender o momento

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[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Não há novidade em se falar em aprendizagem autônoma. Há registros de cursos e desenvolvimento de conteúdos por correspondência há mais de um século. No entanto, o momento vivenciado pela educação no país, a evolução das metodologias de ensino e a popularização dos recursos tecnológicos fizeram com que a temática voltasse ao campo de destaque, por ser uma característica decisiva para os rumos do aprender.

“O conceito está relacionado diretamente com o uso das metodologias ativas que pressupõe uma postura diferente dos estudantes no processo-ensino aprendizagem, com o aluno assumindo um papel de protagonista das atividades pedagógicas”, explica a doutora do Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual de Maringá (PR), Maria Luisa Furlan Costa.

A revista Mundo Escolar procurou teóricos que atuam com a evolução do papel de docentes e estudantes nessas plataformas, para entender o momento que estamos atravessando, com os efeitos da tecnologia e a transição após o isolamento social – e saber o que esperar do futuro.

 

IR ALÉM DO EAD

 

Apesar da forte relação da aprendizagem autônoma com as modalidades de ensino a distância e híbridas, ainda há a importância desse processo no desenvolvimento de um estudante como um todo.

“Quando falamos em crianças pequenas, por exemplo, pensamos em um aspecto central do crescimento que está relacionado à autonomia pessoal”, explica a psicóloga especialista em neurociência e responsável pela Atenção Pedagógica da Smartick Brasil, Eduarda Alves. “Essa habilidade, que se desenvolve durante a infância, está intimamente ligada à capacidade de autorregulação da criança”, diz, e de controlar as emoções e o comportamento para se adaptar com sucesso ao seu ambiente.

Já do ponto de vista do ambiente educacional, prossegue, a capacidade de trabalhar de forma autônoma, de compreender e cumprir as regras, de compartilhar ou de ser capaz de respeitar as reviravoltas são particularmente relevantes para conseguir essa adaptação de forma mais positiva. “Estudos recentes mostraram que essas habilidades são mais importantes do que o conhecimento acadêmico real que as crianças tinham durante esta etapa educacional”, afirma.

 

PILARES DO PROCESSO

 

De acordo com a psicóloga, nesse contexto, o processo de desenvolvimento educacional agrega três partes importantes, que envolvem a escola, a família e as crianças.

“A escola deve garantir que o ensino seja bem transmitido e aplicado, assim como estar atenta à maneira de agir com relação aos seus alunos e às atividades educacionais”, pontua.

Já as famílias, prossegue, devem regular e aplicar os limites no uso da tecnologia por parte das crianças. Necessitam, ainda, estar atentos ao que a criança aprende, para ajudá-la ainda que de uma maneira passiva.

“Nessa relação, por fim, estão as crianças, que acabam construindo um sentido de responsabilidade ao estudarem de maneira autônoma”, ressalta.

 

TECNOLOGIA E AUTONOMIA

 

Além dos benefícios amplamente citados sobre os efeitos do avanço digital no campo da educação, a aprendizagem autônoma tem como pilar importante a possibilidade de personalização educacional nesses ambientes.

“As plataformas mais modernas de educação já entenderam a importância de a criança trabalhar dentro do seu próprio ritmo, como é o caso, por exemplo, da plataforma Smartick, para crianças que queiram aprender matemática ou mesmo o aplicativo Duolingo, para idiomas”, exemplifica.

Na visão da especialista em neurociência, quando um aluno tem a liberdade de escolher o seu próprio caminho de aprendizado, é instigado para uma maior responsabilidade pelos estudos, além de despertar interesse por determinadas áreas do conhecimento.

“Uma criança que aprende a estudar de maneira autônoma também trabalha sua regulação emocional, sua responsabilidade e trilha caminhos para novos aprendizados – e isso é um bom indicador do rendimento acadêmico e do bom funcionamento escolar”, pontua.

Para Alves, o educando não apenas trabalha sozinho, mas tem a capacidade de aprender genuinamente e de entender de verdade qual é o seu ritmo de aprendizado e desenvolver sua autoconfiança.

 

REPENSAR O CONCEITO

 

Costa, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), ressalta que, quando se fala em aprendizagem autônoma e EAD, há parâmetros que precisam ser repensados na atualidade, à medida que o perfil dos estudantes matriculados na modalidade tem se modificado.

“Pensávamos muito em autonomia a partir da ideia de que os alunos tinham mais idade do que aqueles que frequentavam os cursos presenciais”, comenta a pesquisadora, que afirma já existirem pesquisas que mostram que a faixa etária dos matriculados em cursos a distância vem diminuindo a cada ano. “Esses estudos precisam ser realizados para que possamos repensar a questão da autonomia como condição para as dinâmicas diárias”, ressalta.

Para as rotinas não presenciais, a autonomia é fundamental para que os alunos possam organizar seu tempo para o desenvolvimento das atividades pedagógicas em espaços diferentes da sala de aula tradicional.

“Eu diria que nossos cursos de licenciatura precisam formar os professores para que possam estar preparados para a aprendizagem autônoma”, afirma Costa. “É preciso investir na formação inicial e continuada de professores que possa provocar uma mudança de postura e de comportamento de todos os envolvidos no processo educacional”, cita.

Os próximos passos, segundo a acadêmica, devem trazer bons frutos para a modalidade, tanto no número de adeptos quanto nos resultados apresentados. “Sou uma pessoa otimista e quero acreditar que uma parte da sociedade passou a ter um olhar diferente para o EAD e que nos próximos anos podemos ter uma combinação mais equilibrada com o ensino presencial, para que possamos desenvolver uma aprendizagem híbrida com qualidade”, conclui.

 

A PANDEMIA E O EAD

 

Para Alves, da Smartick, a pandemia foi um marco importante porque, de alguma maneira, trouxe reflexões sobre o uso das tecnologias no aprendizado e todas as suas nuances. “Na atualidade, no entanto, falamos muito sobre a interação que os recursos tecnológicos possibilitam entre alunos e professores”, diz.

Costa, da UEM, alerta para a necessidade de estudos sobre o tema no período pós-pandemia. “As pesquisas empíricas são fundamentais na medida em que nos permitem ouvir relatos de professores, de gestores, pais e alunos para ver se tivemos mudanças, ou não, nas estratégias utilizadas em sala de aula”, comenta.

A docente chama atenção para diferenciar o fenômeno que ocorreu durante o período de isolamento social, que classifica como Ensino Remoto Emergencial (ERE). “Gostaria muito de ver que as mudanças bruscas motivadas pela pandemia abriram espaço para utilização de metodologias ativas, mesmo tendo ciência de que o ERE se constituiu apenas na transposição da sala de aula tradicional para a tela dos dispositivos móveis”, destaca.

 

BOAS PRÁTICAS EM APRENDIZAGEM AUTÔNOMA

Uma lista de medidas compartilhadas pela psicóloga especialista em neurociência da Smartick, Eduarda Alves:

Respeitar o ritmo de cada criança: nem todos aprendem na mesma velocidade. Há muitos fatores que podem influenciar (ambiente, estimulação infantil, famílias, genética, doença ou trauma);

Autonomia buscando sempre melhorar a autoestima: a situação ideal seria aquela em que a criança é exposta a desafios e gosta de alcançá-los;

Ajuda dos adultos (nos bastidores): a criança sente que sua mãe e seu pai a apoiam, mas não ditam ou resolvem o problema – respeitam sua maneira particular de agir e, dessa forma, ela alcançará suas próprias conquistas, assumirá a responsabilidade por elas e terá orgulho de si mesma;

Aprendizagem não é uma competição entre alunos, professores ou escolas: o importante é estimular a curiosidade das crianças. O poder da descoberta é essencial para manter o desejo de continuar aprendendo, sem julgamentos. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]