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TECNOLOGIA

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Metaverso na educação: expectativa versus realidade

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Um recurso que já pode ser pensado como ferramenta educacional ou um futuro em desenvolvimento sob efeito de marketing excessivo?

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[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Afinal, o que é o metaverso? Um jogo de videogame mais avançado ou uma reunião de teleconferência desconfortável e piorada?

A pergunta bem-humorada foi escrita pelo colunista da Wired, respeitada revista norte-americana sobre tecnologia, Eric Ravenscraft, em texto recente (abril de 2022) que tem o objetivo de tentar entender o que, de fato, já se sabe a respeito desse novo mundo virtual.

A reflexão do autor, que é especialista em escrever sobre novos produtos, tem um certo ar de desespero: apesar de ser um assunto de que, na prática, pouco se sabe, o tema está presente em todos os noticiários, sendo aplicado a todos os segmentos – entretenimento, trabalho, comportamento, moda, arte etc.

“Já faz mais de seis meses que o Facebook anunciou a mudança de nome para Meta, focando seu futuro na chegada do ‘metaverso’, mas, desde então, o que esse termo significa não ficou mais claro”, pontua.

 

AFINAL, O QUE É METAVERSO

 

Funcionários de grandes companhias do setor, as big techs, ouvidos por Ravenscraft sugerem que a dificuldade em explicar como serão tais recursos se deve ao fato de que esse universo ainda está em construção. “A internet existia já nos anos 1970, eles comentam, mas nem toda a ideia de como ela seria estava clara ou, mesmo, verdadeira”, diz.

De maneira geral, conforme o que se tem divulgado até o momento, é possível representar o metaverso como um ambiente que inclui a realidade virtual ou virtual reality (VR), caracterizada por mundos persistentes, que continuam a existir mesmo quando você não está neles conectado; bem como uma realidade aumentada ou augmented reality (AR), que combina aspectos dos mundos digital e físico.

Uma característica que o colunista ressalta é que, apesar das premissas citadas acima, da forma como vem sendo apresentado, tudo indica que não será obrigatório acessar esses locais via dispositivos de VR ou AR. “Mundos virtuais – como o apresentado no jogo Fortnite que pode ser acessado por PC, console de videogame e até smartphones – já começaram a se referir a si mesmos como ‘metaverso’”, ressalta.

 

APLICAÇÃO NA EDUCAÇÃO

 

Durante a feira educacional Bett Brasil 2022, realizada no mês de maio em São Paulo (SP), o CEO da startup Layers Education, Danilo Yoneshige, relatou que algumas soluções já estavam voltadas à aplicação do metaverso na educação, com foco, por exemplo, em óculos de realidade virtual, entre outros.

“Como essa tecnologia considera uma experiência de vida real em um ambiente totalmente digital, podemos prever que a ambientação de escolas e salas de aula, por exemplo, possa ser visitada com esses óculos de realidade aumentada e outros elementos que complementam a experiência sensorial”, comenta.

O executivo enxerga que essas possibilidades podem otimizar a qualidade da aprendizagem dos estudantes. “Eles poderão visitar lugares que antes só eram conhecidos por livros, como a Grécia antiga ou o Museu de História Natural de Nova York; jogos educativos irão despertar ainda mais o interesse dos estudantes ao proporcionarem uma vivência imersiva no metaverso”, diz.

Entre as vantagens para a escola, destaca a diminuição de custos com espaços físicos e o aumento da produtividade da equipe comercial, por exemplo, que vai poder agendar mais visitas de pais e responsáveis interessados em matricular seus filhos nas instituições.

Pode aumentar, ainda, o engajamento dos alunos, melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem.

A comunicação também pode ser mais efetiva no metaverso, uma vez que o gerenciamento de tempo entre atendimentos e aulas pode ser mais imediato em um lugar em que o transporte físico não será um obstáculo.

“Mas é uma incógnita o real funcionamento, ainda mais em um ambiente tão plural como o de educação”, pondera.

 

UTOPIA OU REALIDADE

 

Apesar de reconhecer que esse universo deve agregar muito valor para a atividade educativa, Yoneshige entende que o cenário nacional carece de outras prioridades no momento – como o próprio acesso à internet, computadores de qualidade e recursos multifuncionais como tablets e outras ferramentas.

Acredita-se que os primeiros públicos a conseguir acesso a esses recursos seriam as instituições particulares de ensino fundamental. Dados de um estudo desenvolvido pela Layers Education no início do ano, “As Escolas Privadas do Brasil Durante a Pandemia”, corroboram essa afirmação.

“O ticket médio de gastos de pais e responsáveis em instituições privadas passou de R$ 979 em 2019 para R$ 1.219,24 em 2020”, diz. O CEO, no entanto, acredita que a aplicação de tais medidas ainda está longe de fazer parte do dia a dia do ensino brasileiro. “É importante ressaltar que eu não acredito que nos próximos cinco anos o metaverso esteja inserido no ambiente educacional – pode demorar um pouco, ainda, em função das limitações técnicas”, afirma.

 

DESAFIOS DO NOVO AMBIENTE VIRTUAL

 

Apesar de constituir uma realidade ainda distante do universo educacional brasileiro, já é possível elencar alguns pontos que devem se configurar como desafios para a chegada do metaverso no ambiente educacional.

Danilo Yoneshige, da Layers Education, citou alguns possíveis cenários:

Segurança

“A segurança de informações ainda continua como uma preocupação uma vez que o ambiente digital é passível de vazamento de dados”, afirma.

Humanização

“Com um ambiente cada vez mais virtual, não podemos deixar o contato humano se perder nesse caminho”, pontua.

Supervisão

“É importante lembrar que não é só o ambiente educacional que será teletransportado, mas todo o ambiente de vivência dos alunos. Por isso, a supervisão do acesso ao metaverso é imprescindível para garantir um contato seguro entre os estudantes e a tecnologia avançada”, diz.

 

METAVERSO OU CIBERESPAÇO

 

O colunista da Wired, Eric Ravenscraft, sugere um exercício para entender a complexidade do conceito que define esse novo universo. “Mentalmente, substitua o termo ‘metaverso’ em uma frase por ‘ciberespaço’ – em 90% do tempo, o significado da sentença não vai mudar substancialmente”, revela. Já mais estabelecido, o termo empregado desde meados dos anos 1980 para representar o ambiente virtual formado pelos meios de comunicação modernos, principalmente a internet, também pode se aplicar ao novíssimo recurso tecnológico. “Isso acontece porque o termo não se refere a um tipo específico de tecnologia, mas sim a uma mudança ampla (muitas vezes especulativa) na forma como interagimos com esses novos recursos”, explica. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]