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LINGUAGEM E ALFABETIZAÇÃO
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Investir na educação infantil para melhorar a vida
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Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB, ao analisar os benefícios do ensino híbrido, diz que a flexibilidade, a diversificação de estratégias pedagógicas, a personalização e o foco nas crianças e jovens podem aumentar o engajamento e os níveis de aprendizagem
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[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Nascemos com um cérebro capaz de aprender e é por essa razão que crianças aprendem tão rápido, porém, não há ainda no cérebro humano uma programação que facilite a aprendizagem da leitura e da escrita, como acontece com a linguagem oral. A linguagem oral é simples, e mesmo com pouco estímulo, e sem precisar ir à escola, a criança aprende a falar. Já a linguagem escrita é recente, foi criada há cerca de 10 mil anos, e por essa razão não houve tempo para uma evolução genética e nosso cérebro não é dotado de uma pré-disposição para ler e escrever.
Nas crianças pequenas as conexões neurais são mais plásticas e há períodos nos quais se tem mais facilidade para adquirir determinadas aprendizagens. Aprender os fonemas de outra língua e adquirir uma pronúncia de nativo geralmente é mais fácil até os 12 anos. Já as funções executivas, controle inibitório, atenção, concentração, começam a se desenvolver por volta dos 5 e 6 anos de idade. A maior flexibilidade está nos 6 primeiros anos de vida (primeira infância). As crianças têm uma profunda modificação da arquitetura do cérebro e quanto mais estimulação de qualidade tiverem, melhor será a estrutura da arquitetura cerebral criada. É o momento de construir uma base sólida que permita aprender ao longo da vida.
Estudos mostram que, privadas de estimulação ou recebendo estimulação inapropriada, têm dificuldades acentuadas que podem ser eventualmente contornadas, mas que vão demandar programas de remediação. James Heckman, economista americano, diz que a primeira infância é um divisor de águas e que cada dólar gasto com uma criança pequena trará um retorno anual de mais 14 centavos durante toda a sua vida. “Se você investe na educação infantil, diminui os problemas ao longo da vida”, afirma Renan de Almeida Sargiani, neurocientista cognitivo que foi coordenador geral de neurociência cognitiva e linguística do Ministério da Educação (MEC) O grande desafio da alfabetização é reconhecer que a educação infantil tem uma importância muito grande e vai impactar o que acontecerá no 1º ano do ensino fundamental 1, revela Sargiani, pós-doutorando em educação, linguagem e alfabetização na Harvard Graduate School of Education. Sargiani não defende que se deva alfabetizar na educação infantil, preocupação de muitos educadores, mas crê que não é errado mostrar um livro para a criança, ler uma história, falar sobre o vocabulário, estimulá-la a pensar em palavras, ensiná-la que a escrita serve para transmitir mensagens, brincar com os sons da fala e mostrar como a boca se mexe ao falar. “As crianças chegarão ao 1º ano com muitas diferenças, de vocabulário, de conhecimento e essas diferenças importam. Haverá algumas que estarão começando a ler, outras que leem de forma independente e algumas que nunca viram um livro”, explica.
Pesquisas mostram que crianças que recebem estimulação para habilidades fundamentais para alfabetização têm um impacto nos 5 primeiros anos do ensino fundamental. “Você realiza uma avalição no 5° ano e nota a diferença por ela ter adquirido essas habilidades na educação infantil.”
Alguns especialistas entendem que as habilidades adquiridas na educação infantil deverão centrar em questões afetiva e social, em aspectos cognitivos, em coordenação motora fina e ampla e na linguagem. Além disso, o aperfeiçoamento de competências e habilidades na educação infantil contribui com o processo de aprendizagem. Características desenvolvidas desde os primeiros anos de vida impactam a forma como os alunos adquirem e aplicam os conhecimentos aprendidos.
De acordo com a Política Nacional de Alfabetização (PNA), são 11 variáveis que podem presumir fortemente o sucesso na alfabetização:
1. Conhecimento alfabético: conhecimento do nome, das formas e dos sons das letras do alfabeto.
2. Consciência fonológica: habilidade abrangente que inclui identificar e manipular intencionalmente unidades da linguagem oral, como palavras, sílabas, rimas e fonemas.
3. Nomeação automática rápida: habilidade de nomear rapidamente uma sequência aleatória de letras ou dígitos.
4. Nomeação automática rápida de objetos ou cores: habilidade de nomear rapidamente sequências de conjuntos de figuras de objetos (por exemplo, carro, árvore, casa, homem) ou cores.
5. Escrita ou escrita do nome: habilidade de escrever, a pedido, letras isoladas ou o próprio nome.
6. Memória fonológica: habilidade de se lembrar de uma informação dada oralmente por um período curto de tempo.
7. Conceitos sobre a escrita: conhecimento de convenções de escrita (por exemplo, esquerda-direita, cima-baixo) e de conceitos (capa de livro, autor, texto).
8. Conhecimento de escrita: combinação de elementos do conhecimento alfabético, conceitos sobre a escrita e decodificação inicial.
9. Linguagem oral: habilidade de produzir e compreender a linguagem oral, incluindo vocabulário e gramática.
10. Prontidão para leitura: geralmente uma combinação de conhecimento alfabético, conceitos sobre a escrita, vocabulário, memória e consciência fonológica.
11. Processamento visual: habilidade de parear ou discriminar símbolos apresentados visualmente. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]