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RELATO PESSOAL
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Estou há 32 anos no magistério e ainda não vi o suficiente
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Da lousa da alfabetização à supervisão de um tradicional colégio paranaense, as impressões de uma profissional que acompanha, sob diversos pontos de vista, os desafios da formação docente no Brasil
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[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Meu nome é Rossana Marchiori de Souza Ramos e hoje sou supervisora Pedagógica do Colégio Passionista – Nossa Senhora Menina, em Curitiba (PR). Cursei o magistério no Instituto de Educação do Paraná, em 1989. À época, estava com 17 para 18 anos de idade. Em 1994, me formei em Letras pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR).
Meu pai foi o principal responsável por eu seguir nessa carreira. Na verdade, não me deu opção (risos): tinha de fazer um curso profissionalizante e, dentro deles, escolher o magistério. E eu tenho uma irmã mais velha que já havia trilhado esse caminho. Fui fazer e gostei do que vivenciei.
EXEMPLOS
Nessa trajetória tive duas professoras que marcaram muito a minha vida: na universidade, na área de Linguística, estava uma delas. Era icônica: ame-a ou deixe-a. Resolvi amá-la, pela aprendizagem que ela trazia. Sua visão da educação como ciência era fantástica.
A outra foi uma professora do ensino fundamental, de língua portuguesa – daí vejo a responsabilidade que elas tiveram na minha formação. Eram muitas leituras e um grande incentivo, que foi despertando esse gosto pelo tema.
Ainda hoje me pego com algumas situações muito parecidas às que elas faziam em sala de aula. Me espelho muito nelas – sinto orgulho disso ainda hoje.
FORMAÇÃO INSUFICIENTE
O que aprendi na minha formação inicial não foi suficiente – aliás, nunca é. Quando falamos sobre educação, assim como de um médico, que precisa sempre se renovar, estudar, pesquisar, o professor também é igual. É necessária essa consciência e, ao mesmo tempo, precisamos dar essa oportunidade para que o docente possa levar a sua prática como objeto de estudo constante.
Foi uma experiência transformadora, mas estou com 32 anos na área de magistério e ainda não vejo isso como suficiente. É como se a cada dia, momento ou estudo, eu fosse desafiada a uma nova aprendizagem. E estar aberta a isso é fundamental.
PRIMEIRO DIA DE TRABALHO
Fui com uma amiga buscar um material que ela havia deixado no colégio. Uma freira olhou para mim e falou: “você tem carinha de professora de primeira série”. E eu argumentei que ainda não estava sequer com meu diploma, pois acabara de me formar. Mas ela disse que me ajudaria e eu aceitei. No meu primeiro dia de aula, parecia que ainda estava com minha regente de magistério, observando minha aula de estágio. A irmã ficava no fundo da sala de aula, observando a forma como eu dava aula e, em seguida, fazia sugestões – sempre me dei essa oportunidade de escutar conselhos que eram para o meu crescimento profissional.
UM OLHAR SOBRE O ADOLESCENTE
Além dos cursos no início de minha carreira, tenho a formação em pedagogia e um MBA em gestão de organizações educacionais. São experiências que me possibilitaram estar presente em todas as áreas e níveis possíveis de se trabalhar com o aluno, que me fizeram entender que a fase de aprendizagem do adolescente, estar com ele, é o ponto máximo da minha carreira.
Meu objeto de estudo é entender o papel do professor com esse educando, de uma formação tão incerta. A adolescência nos desafia muito. É isso que me instiga, me provoca, então sempre quando se fala em formação continuada, busco essa outra vivência, com o profissional que ensina alunos dessa faixa etária.
OUVIR O DOCENTE
Acho fundamental ouvir esse professorado, prestar atenção na sua prática, fazer com que ele se perceba como profissional e, aí sim, criar esse ambiente para que ele esteja na sua busca de uma formação constante.
Costumo falar aos professores: tem gente que está pensando nisso para você, pegue essa base, vamos aprimorar, aplicar em sala de aula, se é possível essa aplicabilidade dentro do nosso conceito e realidade. À época das diretrizes para o Novo Ensino Médio, nós começamos a fazer essa implementação e tudo o que o Conselho Nacional de Educação (CNE) trazia, nós já devolvíamos como formação para nossos professores. Nossa prática vai mudar, vamos estudar juntos, falávamos.
No Colégio Passionista – Nossa Senhora Menina, uma instituição de 82 anos, aprecio muito a consultoria da FTD Educação – eu não vejo o material didático como carro-chefe, mas, sim, a fundamental parceria com a instituição. Tenho a oportunidade e a possibilidade de trazer isso para dentro da sala de aula, para o grupo de educadores. E eu entendo isso como um crescimento na formação constante nesses agentes – que é uma oportunidade que nem todos têm.
Nós vemos a consultoria educacional FTD como uma estratégia para o nosso trabalho, que pode qualificá-lo e ajudar a perceber o que estamos propondo em relação à seriedade e excelência na educação, pois possui um padrão de qualidade diferenciado. Sou casada e mãe de dois filhos: Amanda e Luca. São dois seres que me permitem entender que essa educação em que eu acredito, dá certo. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]