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ESCOLA E FAMÍLIA

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Escola e família como pontos de apoio

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Questões de aprendizagem precisam de um olhar individualizado

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[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Seja qual for o modelo de ensino, online, presencial ou híbrido, as crianças e jovens precisam ter um olhar individualizado de uma equipe multidisplinar, formada pelo professor polivalente, professores especialistas, coordenador, psicopedagogo, assistente social e psicólogo. Fragilizado, o aluno traz questões de aprendizagem que precisam ser trabalhadas de maneira particular e deve haver a mesma dedicação às questões socioemocionais, agravadas pelo isolamento social, medo, e o luto que alguns viveram de perto. É necessário superar as dificuldades de aprendizagem e de adaptação às novas práticas educacionais, à rotina de aulas no ambiente familiar, onde nem sempre há estrutura e apoio.

O despreparo dos pais frente à responsabilidade acadêmica dos filhos é real. Uns porque não sabem ensinar e acompanhar de perto as atividades, outros porque não querem e há os que não podem. Fabya Jakellyne Alves Souza, que é coordenadora pedagógica, e mãe de Beatriz, do 2º ano do ensino fundamental, na Bahia, conta que, ao notar o declínio dos estudantes, a estratégia pode ser a criação de um plantão pedagógico. Formado por uma equipe multidisciplinar, no plantão o professor personaliza o atendimento às necessidades educativas especiais: crianças e jovens com autismo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, dislexia, altas habilidades e superdotação.

Alunos com necessidades emocionais que demandam apoio de um psicólogo também são atendidos. Os que apresentam dificuldade na aprendizagem em relação ao conteúdo são direcionados aos professores especialistas de cada disciplina, para que todos sejam acolhidos e para amenizar a frustração do momento, relata Fabya, pedagoga pela Faculdade Integrada do Planalto Central. “Noto que o distanciamento social trouxe aos estudantes uma introspecção maior, a não participação ativa nas aulas, falta de interesse nos estudos e até o abandono escolar, pois na aula online, por exemplo, a tela do computador concorre de forma desigual com a cama e a TV e, quando se trata de adolescentes, o cuidado deve ser absoluto ou perdemos esse aluno”, frisa Fabya, pós-graduada em psicopedagogia pela Faculdade Católica de Ciências Econômicas da Bahia.

No dia a dia, a atenção do professor é fundamental para observar, por exemplo, quem não abriu a câmera, o que se mostrou disperso, o que não participou do chat e então intervir para auxiliá- lo. “O professor pedia que o aluno ficasse online após o término da aula para conversarem sobre eventuais dificuldades e era nesse momento que tanto as dúvidas em relação ao conteúdo quanto os problemas emocionais apareciam, e o aluno tinha, na figura do professor, um amigo”, explica Fabya que é também neuropsicopedagoga.

Ela relata que sua filha não assistia às aulas on-line, tinha dificuldade em permanecer sentada, manter-se focada e que sua adaptação às aulas remotas foi trabalhosa. “Tentei auxiliá-la, revisava o conteúdo que a professora passava, mas infelizmente ela teve dificuldade, o que ocasionou um atraso em seu aprendizado”, expõe. Fabya relata que a filha só começou a ler no 2º semestre de 2021, quando retornou ao ensino presencial, onde fica período integral, para que no contraturno das aulas tenha um reforço escolar para recuperar as aprendizagens que não foram obtidas enquanto estava no ensino online. “Tanto eu quanto o pai da Bia percebemos que precisávamos estar mais próximos dela para encorajá-la nesse período complicado e dividimos essa tarefa: eu ficava ao lado dela nas aulas online e o pai acompanhava- a com as tarefas de casa”, descreve.

Um quadro bem geral nas escolas públicas e particulares era de pais atarefados com o teletrabalho, outros perdendo seus empregos e ainda os que não pararam de trabalhar, buscando alternativas para a questão educacional de seus filhos. Alguns desabafos encontrados em redes sociais também evidenciaram uma sobrecarga, muitos dizendo acompanhar os filhos, mas que as aulas pela TV ou vídeos não têm explicação suficiente, às vezes com muita cópia de exercícios e pouco tempo para realizar. Notou-se também a queixa de que muitas das atividades os alunos não conseguiam realizar sozinhos. Registraram, ainda, que algumas atividades demandavam materiais recicláveis e que não eram avisados previamente e na hora do vídeo precisaram providenciar e improvisar gerando frustração neles e nas crianças.

Conciliar as atividades de esposa, mãe, dona de casa e acompanhar as atividades pedagógicas da filha deixou Fabya sobrecarregada, mas bem próxima de Beatriz. Ela descreve sobre como a escola trouxe a ludicidade para as aulas do ensino fundamental, modelo usado na educação infantil, e como os resultados foram positivos. Os professores gravaram podcasts, montaram apresentações com cartazes, lives com a participação das crianças, atividades remotas com mágicos e palhaços e a cultura maker também entrou, na produção de pães e biscoitos, mesmo de forma remota, em que a família pôde participar junto com a criança. Essa escola utiliza como suporte pedagógico o Google Meet, Google Classroom, Google Forms e a plataforma do sistema de ensino da FTD, cujos vídeos fazem sucesso entre os alunos, e inclusive tendo sido responsáveis pelo interesse de sua filha pelas aulas online, revela Fabya.

Esse período deixou um novo legado para a educação. Serão necessários cada vez mais professores criativos, que estudam para atender às exigências do momento atual e uma escola que esteja próxima da família, para ouvir, refletir e mudar se preciso for; são peças essenciais para alcançar a excelência no ensino”, conclui. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]