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MÉTODOS DE APRENDIZAGEM
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Conhecimento significativo protagonismo e mediação inspiradora dos educadores
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Uma reflexão sobre os desafios das estratégias didáticas e o papel das metodologias ativas nessa equação
[/vc_column_text][vc_column_text][/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Quando se fala em aprendizagem significativa, é importante entender, primordialmente, que ela não é possível de ser ensinada.
Esse conceito é defendido pelo psicólogo e pesquisador norte-americano Paul Ausubel, que teve uma infância difícil, com passagens complicadas em seus anos escolares iniciais – do ponto de vista da aprendizagem e do comportamento esperado. Filho de uma família humilde de imigrantes, enfrentou dificuldades em um bairro periférico de Nova York, com problemas financeiros e sociais, como o da violência. Ao término dessa jornada de formação, percebeu que nenhum aspecto de sua história pessoal tinha sido aproveitado na escola.
“Para que uma aprendizagem ocorra, ela parte de um problema, de uma possibilidade de pensar a partir de um desafio, e que se relaciona às experiências anteriores e vivências pessoais de quem aprende, permitindo a solução de problemas de algum modo desafiantes”, esclarece a diretora do Instituto Reúna, a professora Katia Smole. Esses desafios vão incentivar esse estudante a aprender mais, o estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos, objetos, acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando modificações de comportamentos e contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações.
ATRIBUIR SIGNIFICADOS AO QUE SE APRENDE
Fundadora do Grupo Mathema, a especialista é constantemente convidada a conversar e dar palestras a professores das mais diversas redes de ensino. Durante a pandemia, essas interlocuções foram constantes.
“Se o professor quer que os alunos atribuam significado ao que aprendem, eles precisam saber o papel das estratégias didáticas, da forma como se organiza a aula; como esse processo ocorre no cérebro de quem aprende, esse órgão precisa ser desafiado, provocado a pensar, a fazer relações”, comenta a docente, que ainda enxerga, atualmente, a predominância de aulas expositivas, poucos projetos, aulas que são baseadas em perguntas simples na espera de respostas adequadas, sem espaço para o erro e a discussão.
Questionada sobre aspectos de uma aprendizagem significativa nas diretrizes educacionais mais recentes do Brasil, Smole faz reflexões tanto sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) quanto ao Novo Ensino Médio (NEM).
Apesar de nenhum desses documentos trazer definições ou imposições metodológicas, ao tratar das dez competências gerais e específicas, a BNCC propõe métodos ativos de aprendizagem, por meio de saberes em ação, que devem ser desenvolvidos em sala de aula em projetos, experimentos, problemas etc. “Quando há mobilização de conhecimento e a aprendizagem ocorre, ela é significativa”, diz.
Já no que se refere ao NEM, além dos pressupostos relacionados à base em sua elaboração, com suas características e os Itinerários Formativos, existe a previsão de que eles se organizem em torno de quatro eixos fundamentais: investigação científica, mediação e intervenção sociocultural; criatividade e empreendedorismo. “Ao serem planejados e desenvolvidos, espera-se que os estudantes aprofundem conhecimentos de modo significativo”, complementa.
BUSCA POR NOVAS PRÁTICAS
Além dos feedbacks em cursos, palestras e consultorias, os números de visualizações e as abas de comentários das redes sociais da Moonshot Educação evidenciam um cenário: o professorado está em busca constante de informações para o preparo das aulas.
“Com a chegada da pandemia, os educadores se viram em uma realidade atípica, na qual a necessidade de utilização de uma interface tecnológica tornou-se indispensável para que as aulas acontecessem”, pontua o especialista em Metodologias Ativas e Tecnologias Educacionais Marlon Brunetta. “A busca por novas práticas se tornou mais frequente e, como professores e criadores de conteúdos que somos, temos a missão de inspirar e disseminar novos aprendizados, principalmente em um período em que tópicos educacionais compartilhados foram expressivamente mais acessados”, relata.
Segundo o palestrante, se antes o método tradicional de ensino, em que o professor era o detentor de todo o conhecimento e transmitia aos seus alunos era o suficiente, hoje em dia não é mais. “É preciso ter uma aula mais envolvente, que esteja conectada às demandas existentes no momento contemporâneo”, pontua.
Diante disso, afirma que são demandados para a realização de palestras e workshops sobre as metodologias ativas nas mais diversas instituições.
CONTINUIDADE
Ao retornarem as aulas no formato presencial, observa Brunetta, parte considerável dos educadores que haviam adotado novas metodologias e tecnologias em suas práticas deixaram de utilizar esses aprendizados adquiridos nos meses anteriores.
“As novas ferramentas e caminhos utilizados no ensino remoto, e nos momentos de hibridismo das aulas, parecem não terem modificado a bagagem docente quando do retorno físico para as salas de aula”, diz.
Na sua opinião, os professores precisam ousar em continuar ressignificando e inovando suas práticas e, aos gestores educacionais, cabe uma mentalidade de liderança a fim de apoiar e dar segurança a esses pares, para que avancem organicamente do modelo de aula tradicional para o ativo.
“O tradicional e o disruptivo podem coexistir nos caminhos para a aprendizagem humana, porém, a educação que nos trouxe até aqui não é aquela que nos conduzirá para os próximos anos de um mundo exponencial”, cita.
ACELERAR O PROTAGONISMO
“Focadas na aprendizagem dos estudantes, as metodologias ativas são estratégicas para acelerar o protagonismo do aluno e a mediação inspiradora do professor – ao longo da nossa história, é possível encontrar autores notáveis e robustas evidências científicas sobre sua eficácia transformadora”, salienta o especialista em Inovação Educacional José Motta.
Na sua opinião, a problemática da não adoção dessas estratégias por muitos educadores não se deve à falta de conhecimento da sua existência, mas por não terem sido preparados para isso, pelo receio e insegurança em adotar novos caminhos ou sair da chamada zona de conforto.
Para o especialista, a maior parte dos educadores experimentou, ao longo da sua vida escolar, aulas com professores que conduziam o processo de ensino e aprendizagem em um formato considerado tradicional. Esse paradigma fez com que adotassem o que parecia o mais sensato para eles: replicar o modelo que conheciam quando eram crianças e adolescentes. “As instituições que desejam avançar em propor novas práticas e verdadeiramente abraçar a inovação em sala de aula, visando o engajamento e protagonismo dos alunos, precisam investir em três pilares fundamentais: formação docente com trilhas de metodologias ativas, infraestrutura tecnológica e novos espaços para a aprendizagem”, ressalta.
De acordo com Motta, as metodologias ativas podem atuar nesse contexto, pois colocam o aluno como corresponsável pelo seu processo de aprendizagem. “Esse encontro das tecnologias educacionais dando suporte às metodologias ativas é uma combinação poderosa para a educação do presente e do futuro”, conclui.
AS METODOLOGIAS ATIVAS MAIS PROCURADAS
Na avaliação de Motta e Brunetta, cofundadores da Moonshot Educação, as metodologias abaixo são as mais pesquisadas e implementadas por gestores e educadores nos dias atuais. Pedimos para discorrerem sobre cada uma delas.
Gamificação
Cria um ambiente que permite que o estudante desenvolva muitas competências necessárias para a vida. Por meio dos elementos dos jogos, os alunos aprendem que os erros fazem parte da trajetória e desenvolvem a persistência para continuar a seguir para os próximos níveis.
Aprendizagem entre Pares
Incentiva a discussão, a interação com iguais, estimula a demonstração do raciocínio próprio e da possibilidade de avaliar o argumento contrário, tornando as aulas muito mais significativas.
Sala de Aula Quebra-Cabeça
Nessa metodologia os alunos trabalham habilidades interpessoais como comunicação, confiança, liderança, decisão e resolução de conflitos.
Sala de Aula Invertida
É uma das mais difundidas no mundo educacional e com uma estrutura que está aderente às demandas contemporâneas.
Aprendizagem Baseada em Projetos
Os estudantes trabalham com questões e problemas reais, colaboram na criação de soluções e protótipos, apresentam e defendem caminhos para a solução dos problemas sobre os quais se debruçaram. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]