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EDUCAÇÃO FINANCEIRA E TRABALHO VOLUNTÁRIO
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CONCEITO “MENTALIDADES MATEMÁTICAS”
DESFAZ MITOS COM BASE NA NEUROCIÊNCIA
[/vc_column_text][vc_column_text]ESPECIALISTA DA UNIVERSIDADE DE STANFORD AFIRMA QUE A MANEIRA COMO AS ESCOLAS ENSINAM MATEMÁTICA PRECISA SER REFORMULADA. O INSTITUTO SIDARTA TRADUZ ESSAS NOVAS EXPERIÊNCIAS E DISPONIBILIZA O ACESSO AO CONTEÚDO PARA TODOS OS BRASILEIROS [/vc_column_text][vc_column_text]
Por Jo Boaler
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text] No Brasil, 70% dos jovens na faixa dos 15 anos não sabem o básico de matemática, como contar e dividir, aponta a principal pesquisa educacional global, o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
São diversos mitos a serem desconstruídos na relação de ensino e aprendizagem da matemática, como aqueles que envolvem as diferenças de gênero de que meninos e meninas têm capacidades diferentes para aprender a matemática, ou, até mesmo, quem lida bem com número é sinônimo de super-dotado ou de inteligente.
Quem desfaz essas crenças com base em estudos, que aliam o ensino e a aprendizagem de matemática à neurociência, é a pesquisadora e professora de Educação Matemática da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Jo Boaler. Seu trabalho reforça a necessidade de mudança de mentalidade para a disciplina e propõe uma nova abordagem para o ensino matemático.
Boaler defende que todo ser humano é capaz de aprender matemática, mas precisa ser adequadamente estimulado, encorajado por meio de técnicas visuais e, também, compreender que é uma disciplina aberta, flexível e criativa.
Porém, na maioria das escolas brasileiras e também nas estrangeiras o ensino de matemática está focado na memorização e na rapidez com que o aluno resolve problemas.
UMA LUZ PARA OS BRASILEIROS
Incomodado com os resultados do Pisa e com outros exames que mostram o baixo desempenho dos brasileiros em matemática, o Instituto Sidarta, em uma parceria com a Fundação Itaú Social, trouxe as ideias fundamentais de Boaler para o Brasil, traduzidas e adaptadas para a versão em português do site Youcubed, que possui mais de 500 atividades, entre vídeos, aulas, exercícios, artigos acadêmicos e jogos. O site, cujo acesso é gratuito, tem como público alvo professores, pais, alunos e todos aqueles que têm interesse em fundamentar e aplicar as pesquisas de Boaler, na prática.
Youcubed possui mais de 30 milhões de visitantes e cerca de 230 mil alunos já foram impactados positivamente com as atividades desenvolvidas pelo Centro de Estudos da Universidade de Stanford.
“A matemática não se limita a um conjunto de regras e procedimentos a ser memorizado. Ela está presente em todos os aspectos de nossas vidas”, diz Ya Jen, presidente do Instituto Sidarta, que completa “a matemática está na natureza e dentro de todo ser humano. Um dos objetivos da instituição é apoiar a mudança de mentalidade começando pelo reconhecimento de que todos somos seres matemáticos”.
Por da neurociência, Jo Boaler afirma que das cinco áreas ativadas do cérebro, quando você faz um exercício mate- mático, duas delas estão no campo visual. “Quando a gente trabalha a matemática sem utilizar a questão visual é como se você estivesse em uma estrada que pode alcançar os 100 km/h, mas você permanece apenas nos 60 km/h”, expli-ca Ya Jen.
Além do comportamento, outra face visível da adolescência são as mudanças corporais externas associadas com o aumento drástico nos níveis de hormônios esteroides sexuais na puberdade. Sob a influência desses hormônios, os órgãos reprodutores amadurecem, as características sexuais secundárias se desenvolvem e a taxa de crescimento corporal é máxima. O aumento na concentração dos esteroides sexuais sinaliza também o início do período intenso e prolongado de reorganização sináptica e mielinização nas conexões do CPF. As transformações que ocorrem no CPF; entretanto, não são evidentes como as transformações físicas externas. Essa dissociação é uma das fontes do estranhamento social com o comportamento adolescente. E o início cada vez mais precoce da puberdade faz com que os adolescentes pareçam adultos ainda mais cedo.
Dados do PISA com base em 13 milhões de alunos detectaram que jovens que utilizam a estratégia de memorização tiveram um desempenho abaixo daqueles que abordavam a matemática como um conjunto de ideias interconectadas.
MUITO ALÉM DA TEORIA
O Programa Mentalidades Matemáticas do Instituto Sidarta teve início há quatro anos em sua Escola de Aplicação, Colégio Sidarta, localizado em Cotia, São Paulo.
Ya Jen conta que, desde 2017, também introduziu uma aplicação desta abordagem de Boaler no ensino fundamental I da Escola Estadual Henrique Dumont Villares (EEHDV), instituição pública paulistana. Após o primeiro ano de implementação, o número de crianças do 3º ano desempenhando o nível mais alto na prova SARESP (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo feita anualmente para avaliar o ensino da rede estadual) aumentou em 92%.
“É isso que conseguimos quando estimulamos as crianças. O que mudou foi a forma de atuação do professor e também uma mudança na concepção do que é matemática”, reforça a presidente do Sidarta.
O Instituto acredita que essa mudança de mentalidade só é possível de acontecer por meio de experiências incentivadas pelo professor e por esse motivo criou uma página no Facebook – Mentalidades Matemáticas – para aumentar a interação entre docentes da área e compartilhar vivências das aulas. O foco é na mudança das práticas.
Além dessa página, caso professor queira aprofundar ainda mais seus conhecimentos com essa abordagem de ensino, o Instituto Sidarta organiza anualmente o curso Trilhas Formtivas, no qual os inscritos podem observar aulas no Colégio Sidarta em que estas pesquisas são aplicadas.
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