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Direto ao ponto

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Comunicar-se com objetividade pode fazer a diferença na vida cotidiana, profissional e até emocional

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Por Carmen Guerreiro

[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Consultora de carreiras da Thomas Case & Associados, hábil em orientar candidatos em entrevistas de emprego de grandes corporações, Sueli Martines está escaldada com as mais diversas alegações de empresas para aceitar ou recusar profissionais do mercado. Mas admite que ainda se espanta com a frequência com que executivos atrasam a própria carreira ou simplesmente são descartados pela frequência com que se revelam “dispersos” e “enrolões” ao falarem em público.

Há quase vinte anos no mercado de soluções em oratória, autor de 19 livros sobre o assunto, o consultor Reinaldo Polito guarda na lembrança o gerente de Recursos Humanos que o procurou, cansado de, quando levado a discursar a colegas, sempre arruinar a boa impressão por enrolar-se demais ao desenvolver uma ideia, não sabendo escolher as palavras nem sentir o tom que deveria usar de acordo com o público.

Histórias do gênero, em que a falta de objetividade compromete a interação, têm se revelado comuns não só em situações de trabalho, mas nas mais diversas condições de comunicação, oral e escrita. Ser um aluno com boas notas, um profissional competente ou uma pessoa bem relacionada é importante, mas nem sempre vale tanto se você não consegue ir direto ao ponto.

Numa era de comunicações instantâneas e conexões globalizadas, no fundo sentimos que a falta de objetividade causa prejuízos à celeridade e à exatidão processual.[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Não só concisão

É evidente que outros fatores, não só a falta de objetividade na apresentação de um plano ou proposta, podem pesar contra a aprovação de um projeto ou a defesa de uma ideia. Para Polito, no entanto, empolar o próprio discurso é caminho certo para que um objetivo pretendido não seja alcançado. Comunicar com eficiência não tem relação direta com o uso de poucas palavras numa sentença: objetividade não é sinônimo de concisão.

– Algumas pessoas julgam que falar com objetividade significa obrigatoriamente falar pouco. Alguém diz: “Fiz uma ótima apresentação, pois falei em dois minutos!” Mas nesses dois minutos você falou tudo o que precisava dizer? Convenceu ou persuadiu os ouvintes sobre os benefícios de sua proposta? Se a resposta é não, você falou pouco, mas não fez uma ótima apresentação – questiona o professor.

Por isso, o consultor diz que a comunicação objetiva não depende só da escolha de palavras ou da capacidade de síntese.
– Falar com objetividade significa falar tudo o que precisamos, atingindo nossos objetivos, no menor tempo possível. Portanto, essa objetividade pode levar dois minutos, vinte minutos ou duas horas. Não importa. Falar bem é sinônimo de resultado. O importante é que a pessoa atinja os objetivos que deseja – avalia Polito.

A consultora Sueli Martines observa que uma ilusão comum entre os brasileiros é intuir equivocadamente que prolixidade seria uma vantagem comunicativa.

– As pessoas são muito “explicadinhas”, falam muito para mostrar que sabem, que têm domínio no assunto. Mas, para ser objetivo, em primeiro lugar tem de ser direto na resposta. Se o interlocutor dá mais espaço para complementação, ok. Do contrário, a resposta já foi satisfatória – afirma.[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]

Transição

O jornalista e escritor Michel Laub, coordenador da área de internet do Instituto Moreira Salles, define que um texto com objetividade é, acima de tudo, “claro e lógico”. Para ele, que é professor de criação literária na Academia Internacional de Cinema de São Paulo e autor de quatro romances, comunicar-se de maneira eficaz e objetiva é, portanto, ir direto ao ponto, de maneira clara, lógica e sem falar mais do que é preciso. Mas a pessoa deve estar atenta à transição do discurso oral para o escrito. Comunicar com objetividade é algo, segundo Laub, diferente se falamos ou escrevemos.

– Na comunicação oral temos outros recursos para demonstrar a objetividade ou subjetividade, porque vemos a expressão da pessoa que fala. Existe o recurso da voz, por exemplo, e da expressão corporal – observa.

Além disso, completa Laub, é preciso estar mais atento com a comunicação oral, pois não é possível voltar atrás, mudar a ordem de argumentos ou palavras, editar o discurso ou apagar repetições.[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]

Menos marcas

A regra, a rigor, seria mais simples ainda: a concisão favorece a objetividade, mas o que define a objetividade é a comunicação com menos marcas do interlocutor. Quem explica é o professor de língua portuguesa Eduardo Antônio Lopes.

– O foco é no objeto, ou seja, no assunto abordado, e não nas crenças subjetivas do enunciador. A objetividade é a busca pelo foco no próprio objeto de trabalho, no assunto – esclarece.

Objetividade, por isso, pode depender de treino, completa João Bolognesi, professor de língua portuguesa do Complexo Jurídico Damásio de Jesus, que possui cursos preparatórios para concursos públicos. Para ele, é importante conhecer e estudar o que será pedido e o que se espera do enunciador – em uma entrevista de emprego, em um novo cargo, em uma apresentação ou em uma prova – e como responder de maneira eficaz a essas demandas.

Na comunicação cotidiana, portanto, é preciso dominar o assunto que se aborda, alimentando-se de informações e formando conhecimento sobre as questões exploradas.

O impasse mais agudo, no entanto, encontra-se no passo seguinte: a materialização do pensamento.

– A pessoa pensa em um argumento, mas o expressa por palavras muitas das vezes de maneira confusa e distorcida – detalha Marcondes de Oliveira Júnior, professor de língua portuguesa da Rede de Ensino LFG.

O mercado nos principais centros do país há muito parece ter percebido a demanda por objetividade comunicativa e oferece cursos para quem não tem disciplina ou precisa de uma solução mais rápida para poder comunicar-se com eficácia. De oficinas voltadas para corrigir a desinibição do falante a técnicas oratórias estritas, na comunicação empresarial e na elaboração de textos objetivos, há até consultores particulares, treinadores contratados para melhorar as habilidades de um profissional em comunicar-se com objetividade.[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]

Falhas

Nenhum curso ou orientação é eficaz, no entanto, se o falante continua incorrendo em determinadas falhas. O professor Eduardo Lopes aponta as principais dificuldades cometidas nesse caso.

– O grande problema é que comunicação depende sempre do outro. As pessoas com dificuldade de serem objetivas não conseguem colocar-se no lugar do interlocutor e mapear o que o outro captou da mensagem – analisa.

Isso implica conhecer o nível intelectual e a faixa etária dos ouvintes. Sem esse conhecimento, é difícil conseguir ser tão direto e objetivo quanto o necessário.

– Se o enunciador tem noção do seu público e da familiaridade que ele tem com o objeto abordado no discurso, pode usar um vocabulário que garanta mais precisão, mais técnico, ou saber se deve evitar isso, usando explicações e paráfrases (dizer com outras palavras) – reforça Lopes.

Em situações formais, como em dissertações de vestibulares, as argumentações se dirigem a um “auditório” genérico, um avaliador específico, e por isso o discurso a ser adotado é diferente daquele necessário no dia a dia profissional e pessoal.

– No fundo, a redação de vestibular não corresponde a nenhum texto efetivamente praticado no convívio social. No cotidiano, o indivíduo exerce uma profissão, se comunica com atores sociais específicos, tem um público-alvo para o qual vai mobilizar seus argumentos e linguagem – observa Eduardo Lopes.

Há hoje uma intuição disseminada de que as pessoas a quem nos dirigimos estão cada vez menos disponíveis pelo tempo que desejaríamos que estivessem para ouvir nossas palavras. Por isso, a objetividade está ligada diretamente ao tempo de atenção do receptor da mensagem.

Ir direto ao ponto tem, portanto, mais a ver com a qualidade da informação usada do que com a rapidez em dizer logo o que queremos. Se sabemos pouco de um assunto, é quase certo que terminemos por enrolar o fio da meada. Ser prolixo pode ser considerado mera desculpa para fragilidades de substância. Podemos definir o modo como vamos nos comunicar. Temos a liberdade de estabelecer o ritmo da conversa ou do texto. Podemos até chegar ao requinte de calcular o menor número de palavras até o resultado desejado. Mas não dá para enrolar a própria debilidade. [/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”vc_default” bg_type=”bg_color” bg_override=”1″ bg_color_value=”#c7d42d” css=”.vc_custom_1487195578568{padding-right: 15px !important;padding-bottom: 15px !important;padding-left: 15px !important;}”][vc_column width=”1/2″][vc_column_text]

Os riscos por um emprego

Especialistas atestam que processos seletivos, sejam para preencher vagas de empregos ou de cursos, são a ocasião perfeita para expor a habilidade de ser objetivo.

• Se uma pessoa disputa uma vaga de emprego, e concorre com pessoas de escolaridade semelhante, domínio das mesmas línguas, conhecimento de informática etc., a diferença está na capacidade de comunicação – afirma o consultor Reinaldo Polito. O segredo para destacar-se em uma circunstância como essa, diz Sueli Martines, da Thomas Case & Associados, é adotar um discurso assertivo, sem rodeios, e responder só ao que foi perguntado.

• É preciso ser articulado, mas também falar com objetividade. Porque existem profissionais muito bem articulados que são “enrolões”: falam, falam, têm um poder muito bom de comunicação, mas na prática não são capazes de fazer tudo o que dizem – explica.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/2″][vc_column_text]

Os cuidados em concursos

Mistura de entrevista de emprego e exame vestibular, os concursos públicos são um momento crucial para deixar a subjetividade de lado.

– A objetividade em um concurso pode ser entendida como a procura pelo adequado e relevante, ou seja, tudo que ali no papel se escreve está proporcional às convenções próprias de um texto (legibilidade, correção, ritmo adequado à leitura, construções equilibradas etc.) e proporcional ao conteúdo cobrado pelo concurso – analisa João Bolognesi, professor de língua portuguesa do Complexo Jurídico Damásio de Jesus, que possui cursos preparatórios para concursos públicos.

Para ele, um candidato que se preocupa em ir direto ao ponto já cresce aos olhos do examinador.

Esses princípios valem para qualquer prova, seja na escola, na universidade ou em um processo seletivo. Deve-se ter em mente que objetividade em um exame é adaptar-se à proposta cobrada.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Comunicação eficaz – Dicas de especialistas para quem quer falar e escrever com objetividade[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_single_image image=”5428″ img_size=”large” alignment=”center”][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row]