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BNCC

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As competências gerais e a formação de um estudante para a vida

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[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”vc_default”][vc_column css=”.vc_custom_1534730699674{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column_text]As possibilidades do desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, diante dos desafios das novas formas de interação no currículo [/vc_column_text][vc_empty_space][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Quase meio milhão de visualizações no YouTube. Não. Não se trata de nenhum vídeo com tutoriais de maquiagem, receitas culinárias, vendas ou viagens ao redor do mundo. Toda essa audiência é dedicada a um tema que tem sido priorizado por docentes de todo o Brasil: as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Essas propostas são alinhadas ao texto norteador da base, que determina que a educação deve contemplar todas as dimensões do conhecimento humano: a parte cognitiva, acadêmica, intelectual; mas, também, o desenvolvimento físico e cultural.

Trata-se de um conceito amplamente explorado nas discussões de implementação da BNCC, que é o de educação integral – e que vai muito além do número de horas da jornada estudantil.

A aplicabilidade dessas competências visa à obtenção de bons resultados futuros, são ferramentas importantes na construção de um estudante autônomo, protagonista, criativo e colaborativo.

Em tempos de isolamento social, diante de um período tão singular, essa demanda se fez necessária nesse contexto. Competências como empatia, responsabilidade, cidadania e autoconhecimento, para citar apenas algumas, foram necessárias para compreender e atravessar etapas tão delicadas.

 

Comunidade e protagonismo

 

O vídeo que inicia este artigo não tem grandes recursos de edição ou efeitos especiais. Trata-se de uma interlocutora, olhando para a câmera e discorrendo, em 13 minutos, os principais pontos das competências gerais. Quem fala é a especialista em Educação, ex-coordenadora de escritórios do Unicef para São Paulo e Minas Gerais, Anna Penido, que é integrante do movimento Todos pela Base.

Em conversa com a revista Mundo Escolar, ela deixa claro que, assim como todas as demais competências listadas, o protagonismo do aluno faz parte de uma discussão que não pode acontecer dissociada das práticas cotidianas da escola.

“Precisa ser compreendido pela comunidade escolar, isso inclui pais e funcionários da escola”, ressalta.

Para a especialista, isso significa dar voz e ter o aluno no centro de tudo o que se faz nesse ambiente – e que vai muito além de organizar um grêmio estudantil ou planejar eventos, como festas juninas.

Nesse processo, existe a preocupação em deixar algumas práticas recorrentes que, em alguns casos, enxergam o aluno numa posição de problema para a instituição ou, ainda, como alvo de um sentimento de carência. “O maior desafio é olhar o aluno como potência e parte da solução”, diz.

Para trabalhar o protagonismo nas rotinas diárias de uma instituição, segundo Penido, é preciso estabelecer uma relação de justiça nessas interações. “Se queremos uma sociedade mais justa e uma educação que promova a igualdade, é preciso reduzir as diferenças nesse cenário”, aponta.

É a premissa de que não é possível oferecer o mesmo tipo de educação para todos os públicos, mas adequar essa abordagem, por exemplo, para públicos que tenham mais ou menos condições.

“Desigualdade não está relacionada à uniformidade; é preciso que a escola estabeleça um vínculo com estudante que ali está”, pontua.

 

Mundo real

 

Nesse mesmo sentido, a especialista defende uma conexão dos estudantes com aspectos da vida como ela é. “É o papel da escola de envolver esses alunos em sua comunidade, na resolução de problemas reais, para desenvolver a capacidade de enxergar essas questões, além de estabelecer neles o compromisso com a justiça social”, afirma.

É nesse ambiente que serão colocadas em prática medidas como reflexão e pensamento crítico. Ter contato com problemas locais vai mostrar, ainda, a empatia. É a chance de poder se movimentar pelo outro, que está sendo injustiçado.

E isso serve para realidades menos e mais favorecidas socialmente. “Ele não pode ficar apenas na sua bolha; é preciso combater qualquer visão estereotipada e preconceituosa com a realidade do outro”, pontua.

Trazer essas interações para a sala de aula significa, obrigatoriamente, ter um olhar mais profundo para o outro, o que é feito na forma de interação, de sentir o mesmo pelo colega que está ao lado. Essa já é uma proposta colaborativa, em sua essência.

“E isso tem que ser vivenciado pelo professor também”, salienta Penido. “Se ele não é exemplo, se não promove essas as atividades para si próprio, não vai viver as competências”, diz.

 

Atividades de ensino e aprendizagem

 

Além das discussões no âmbito teórico, que já vêm sendo desenvolvidas há alguns anos sobre a BNCC no Brasil, é preciso uma atuação prática que possibilite a aplicação das competências gerais nas escolas.

Uma mobilização que envolve não apenas os docentes, mas também os gestores, já que é um assunto que vai além das práticas em sala de aula, envolve dinâmicas e espaço físico do local.

“Quanto ao professor, é saber quais atividades de ensino e aprendizagem serão utilizadas”, observa a especialista, que destaca a oportunidade da utilização de metodologias ativas nesse processo.

“É o momento de os docentes irem se apropriando de outras formas de ensinar, dos debates, projetos, construções coletivas, produção de invenções, laboratório maker, participação dos alunos, entre outras”, enumera.

Na visão de Penido, em uma escala de evolução desse assunto, após um período inicial, lá atrás, onde foi preciso provar que esse tipo de educação era importante, houve a consolidação do texto da BNCC. Nessa mesma linha do tempo, no momento é a fase de garantir que esses componentes estejam presentes nos currículos. Em seguida, a expectativa é que todas as propostas estejam na formação dos professores e, por fim, contempladas nos processos de avaliação e aplicação.

 

As 10 competências gerais da BNCC

 

1. Conhecimento
2. Pensamento Científico, Crítico e Criativo
3. Repertório Cultural
4. Comunicação
5. Cultura Digital
6. Trabalho e Projeto de Vida
7. Argumentação
8. Autoconhecimento e Autocuidado
9. Empatia e Cooperação
10. Responsabilidade e Cidadania

 

Assista ao vídeo das Competências Gerais: youtu.be/-wtxWfCI6gk

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