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AVALIAÇÃO
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Aprender a viver em um planeta com limites
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Escola tem participação importante no processo da compreensão do problema ambiental e das atitudes transformadoras para a busca de um planeta equilibrado
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[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Números ligados à sustentabilidade são preocupantes e mostram uma situação de urgência. No Brasil, não se recicla nem 10% dos resíduos sólidos; o índice desses dejetos que vão para compostagem, para se transformar em adubo orgânico, não chega a 1% – há potencial para que 50% do lixo produzido tenha essa destinação.
“Há, sim, um aumento nas discussões sobre esse tema no campo da educação, mas se formos olhar as atitudes das pessoas, veremos que essas ações ainda são insuficientes diante das demandas que estão postas”, comenta a pedagoga, fundadora e diretora executiva do Instituto 5 Elementos, Mônica Pilz Borba.
A organização tem foco na educação para a sustentabilidade, e desde 1993 “semeia” práticas com esse objetivo. Para a especialista, escola, alunos e famílias devem ser impactados por esse tema, para que a mudança seja realizada na sociedade.
POUCA TRANSFORMAÇÃO
Apesar da existência de um tímido trabalho de conscientização, em uma escala pouco transformadora, explica a diretora, a biodiversidade nacional está sendo reduzida, as queimadas têm aumentado e o aquecimento global é crescente.
Para ela, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), apesar de contemplar a questão ambiental como um tema transversal, traz dificuldade de atuação nas rotinas escolares. Acentua que a execução da transversalidade é difícil em um ambiente onde os professores de cada disciplina continuam oferecendo, apenas, conteúdos estanques, relacionados à matéria. “Teria de ser um trabalho conjunto das áreas de conhecimento, para desenvolver um projeto teórico e prático junto às crianças”, comenta.
Na opinião de Mônica Borba, a BNCC está muito distante de ensinar jovens, crianças e adultos a viver em um planeta com limites. “Com 7,5 bilhões de habitantes, cada vez mais essas limitações vão aumentar – e nossa educação não está focada para a manutenção de nossa existência nesse planeta”, diz.
PRÁTICA NAS ESCOLAS
As questões socioambientais devem estar presentes nos lugares onde as pessoas vivem – suas casas, escolas, bairros e cidades, ressalta a pedagoga, que reforça a necessidade da existência de processos participativos em todos esses pontos.
“Qualquer projeto de educação ambiental exige um objetivo e uma meta de transformação, de melhoria, de redução – acredito que essa seria uma parte muito importante na rotina escolar: colocar o discurso teórico em prática”, afirma.
Dentre as medidas que podem fazer parte desse conjunto de ações estão as metas de consumo, uso e tratamento da água presente na instituição de ensino, por exemplo. “E que isso tenha algo ligado ao monitoramento desses processos, para podermos acompanhar ao longo dos anos e constituir uma série histórica, assim por diante”, pontua.
São medidas que ajudariam na formação de crianças e jovens ativos, conscientes e ligados em uma política que efetive a sustentabilidade no cotidiano das residências.
OLHAR PARA O FUTURO
Na visão de Mônica Borba, existe na escola uma lacuna quando o assunto é a discussão sobre temas como futuro e planejamento. “Todas as informações que os ambientalistas trazem há mais de 40 anos hoje estão se tornando realidade e são frutos de um universo de entendimento de como o planeta funcionou no passado, presente e como será no futuro”, comenta.
Ela relata que a maioria das pessoas não faz as conexões básicas, em um pensamento mais holístico e sistêmico. “Para esses indivíduos, a mudança climática é um assunto bem distante do dia a dia, mas eles estão percebendo tanto na cidade quanto no campo que o clima está mais violento e mais intenso”, diz.
Nesse contexto, observa, cabe à educação trazer um novo viés de compreensão para esse público, com a proposição de conexões entre essas informações, com um modelo de pensamento mais sistêmico e menos linear, de planejar, pensar no futuro, na prevenção, causas e efeitos a curto, médio e longo prazo.
MUNDINHO VERDE E AZUL
Atenção redobrada para o descarte do lixo, uso de garrafas e copos pessoais ao invés dos descartáveis, pesquisas, palestras, contação de histórias e jogos ligados ao tema do meio ambiente. Essas atitudes fazem parte do cronograma diário a que são submetidos os alunos do colégio Centro de Estudos, de Campos dos Goytacazes (RJ), com a implementação do projeto Mundinho Verde e Azul.
“A escola exerce um grande impacto no processo de conscientização ambiental, pois se trata de uma instituição que, além do desenvolvimento dos conteúdos formais, desempenha um papel social muito importante na formação dos alunos enquanto futuros cidadãos”, esclarece a vice-diretora pedagógica da unidade, Betina Britto.
Para a gestora, as pautas sustentáveis têm ganhado muito mais visibilidade, uma vez que, atualmente, o aluno é inserido no processo e conscientizado a respeito de seu papel na sociedade – e isso faz com que o trabalho sobre esse assunto ultrapasse os muros da escola e alcance a comunidade como um todo.
CONSCIÊNCIA COLETIVA
Existe uma consciência coletiva de sustentabilidade e preservação, porém deve-se trabalhar a importância de cada indivíduo nesse macrossistema, alerta. “Dentro das salas de aula, por exemplo, é importante realizar uma transposição didática que contemple a realidade daquele aluno, para que, por meio dele, a mensagem chegue àqueles que estão do lado de fora – as lacunas existem, mas é através da educação que o cenário se transforma”, diz.
Estudantes e familiares se engajam e contam com o apoio da comunidade, com a realização de visitas em áreas de propriedade privada, municipal e estadual, e atividades ao ar livre, contato com animais da fazenda e outras realidades que não fazem parte do dia a dia das pessoas.
“Acredito em um amanhã com cidadãos mais conscientes da necessidade de cuidarmos do planeta”, destaca a vice-diretora. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]