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ENSINO HÍBRIDO

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A disruptura no modo de ensinar

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Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB, ao analisar os benefícios do ensino híbrido, diz que a flexibilidade, a diversificação de estratégias pedagógicas, a personalização e o foco nas crianças e jovens podem aumentar o engajamento e os níveis de aprendizagem

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[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]O futuro chegou acelerado, diz Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB (Centro de Inovação para a Educação Básica), ao falar sobre a implantação do ensino híbrido na escola pública. “Na verdade, os estudantes queriam mais flexibilidade e seu próprio espaço, o que é possibilitado pela educação mediada pela tecnologia. Mas foi no fechamento das escolas que também se valorizou mais o momento presencial.”

Dellagnelo, catarinense radicada em São Paulo, é doutora e mestre pela Universidade Harvard e foi secretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina. Ela define o ensino híbrido como um programa de Educação formal com momentos de aprendizagem que combinam propostas O realizadas on-line, de forma remota, mediadas por tecnologias digitais, e propostas presenciais, que ocorrem com a supervisão docente, com ou sem o uso de tecnologias digitais.

O CIEB nasceu em 2016, a partir da constatação de que a Educação brasileira não estava incorporando a tecnologia como estratégia de ensino. Se o Brasil vai ter uma escola pública melhor do que antes da pandemia, diz não saber, pois “se trata de uma pergunta de 1 milhão”, mas há uma mobilização no Brasil e em vários países para melhorar a infraestrutura que permite a implantação do ensino híbrido. Num de seus documentos, o CIEB esclarece: “Nossa visão é a de que essa abordagem pedagógica pode ser um caminho promissor para a melhoria da Educação pública mesmo após a reabertura das escolas. A flexibilidade, a diversificação de estratégias pedagógicas, a personalização e o foco nas crianças e jovens podem aumentar o engajamento e os níveis de aprendizagem”.

 

PENSAR O NOVO COM A LIBERDADE DE QUEM SE COMPROMETE COM AS POSSIBILIDADES, NÃO COM AS LIMITAÇÕES

 

É necessário ampliar o tempo de aprendizado. O Brasil é um dos países onde as crianças ficam menos tempo na escola, por isso, segundo Lúcia Dellagnelo, a tecnologia pode propiciar uma Educação de melhor nível e proporcionar mais equidade. É possível, por meio do ensino remoto, desenvolver novas competências, como empatia, colaboração, comunicação, resolução de problemas, pensamento computacional, autoconhecimento, respeito, cidadania, e ainda construir o projeto de vida, aprender a fazer curadoria de conteúdos na rede, construir soluções colaborativamente, entre tantas outras.

Segundo ela, o CIEB ressalta que “o momento presencial oferece oportunidades diversificadas de aprendizagem, de socialização, compartilhamento de pontos de vista – diferentemente das atividades realizadas remotamente por tecnologias digitais. Os momentos presenciais também favorecem a realização de atividades que envolvem as trocas e interações interpessoais, afetivas e socioemocionais tão importantes para a experiência educativa. Refletir sobre um percurso que considere a personalização da aprendizagem significa valorizar o desenvolvimento de habilidades essenciais e de competências que valorizam a educação integral, considerando o protagonismo e o desenvolvimento da autonomia como elementos fundamentais nesse processo”.

Outro conceito defendido pelo CIEB é o da escola conectada, “que possui uma visão estratégica e planejada para incorporação da tecnologia em seu currículo e nas práticas pedagógicas, com equipe com competências digitais desenvolvidas, que utiliza recursos educacionais digitais selecionados e dispõe de equipamentos e conectividade adequados. A escola conectada é um alvo a ser atingido, pois ela é capaz de oferecer ensino híbrido integrando momentos presenciais e remotos utilizando tecnologias digitais com o objetivo de ampliar o tempo, o espaço e o ritmo de aprendizagem dos/ das estudantes”.

O ensino híbrido pode proporcionar maior autonomia de aprendizagem, além de estar mais inserido na cultura digital. Ele também muda o papel docente, que terá que elaborar sequências didáticas em modalidades diferentes e criar trajetos de aprendizagem integrados e complementares para cada estudante e turma. Professores e professoras passam a ser designers de aprendizagem, especialistas em planejamento, monitoramento, execução de planos de desenvolvimento de habilidades e competências. Esse será um novo modo de educar a nova geração, no entender de Dellagnelo.

 

QUANDO SONHAMOS O BRASIL, SONHAMOS COM EDUCAÇÃO. QUANDO SONHAMOS EDUCAÇÃO, NOSSO CAMINHO É A INOVAÇÃO

 

A própria BNCC já considerava utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

O CIEB entende que as tecnologias digitais possibilitam que os/as estudantes aprendam de maneira mais significativa, mas, para isso, é importante que o planejamento contemple propostas que visem desenvolver as habilidades de “aprender a aprender”, “aprender a fazer”, “aprender a ser” e “aprender a conviver”, propostos por Delors e colaboradores (1990).

O currículo de cada escola se mantém na perspectiva de desenvolvimento de habilidades e competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e que podem ser desenvolvidas por meio dos modelos de ensino híbrido. Especificamente no momento de pandemia, a seleção de aprendizagens essenciais deve fazer parte da reorganização curricular necessária para distribuir, nos segmentos, aquelas habilidades que não foram contempladas em 2020. Essa reorganização independe da metodologia que será escolhida pelas redes como fio condutor, e a implementação do ensino híbrido será uma forma de colocar em ação o currículo reorganizado.

O CIEB trabalha aliado ao MEC e às Secretarias de Educação dos estados e dos municípios, e entende que a escola conectada é aquela que produz conhecimento de seu tempo, atende à expectativa e modos de vida dos alunos, tem ritmos de aprendizagem e comportamento contemporâneos e tem padrões de relacionamento intergeracional, requisitos para o exercício pleno da cidadania e participação na sociedade. Essa síntese é feita por Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB (Centro de Inovação para a Educação Básica).

 

ALGUNS MODELOS

 

Sala de aula invertida: Os/as estudantes realizam uma parte do estudo em casa, de forma remota, com a
orientação do/da docente, e a outra parte em sala de aula, de forma presencial com o/a docente.
Rotação por estações: A aula é organizada para que os/as estudantes realizem atividades diferentes e
complementares em estações de trabalho relacionadas com os objetivos de aprendizagem da aula. A turma é
organizada em grupos, que passam por todas as estações (uma por uma), realizando as atividades dentro do
tempo determinado.


Laboratório rotacional: A classe é organizada em dois grupos: um realizará atividades utilizando o computador
do laboratório de informática (na sala de aula ou fora dela, se houver dispositivos móveis), para instituições
que têm essa infraestrutura, e o outro grupo ficará sem os equipamentos, com o/a docente em sala de aula
realizando as propostas planejadas para o momento presencial


Rotação individual: Cada estudante recebe um roteiro personalizado de atividades planejadas pelo/a docente, que
indica quais atividades são importantes para serem feitas de acordo com suas necessidades de aprendizagem
Modelo flex: Os/as estudantes seguem um roteiro personalizado de propostas a serem realizadas on-line e,
em alguns momentos, em atividades presenciais. O/a docente está disponível para oferecer ajuda ou iniciar
projetos e discussões visando aprofundar a aprendizagem.


À la carte: Os/as estudantes cumprem um ou mais componentes curriculares inteiramente on-line, de forma
assíncrona, com um/a docente responsável on-line, que atua no formato síncrono ou assíncrono, enquanto os
demais componentes curriculares são cursados presencialmente, no espaço físico de uma escola.
Modelo virtual aprimorado (ou enriquecido): Os/as estudantes organizam o tempo em contato com conteúdos
e atividades que são realizadas on-line e outros que acontecem no espaço da escola.
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