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Gestor em foco

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Após 2020: os desafios do
planejamento de um novo ano letivo

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[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”vc_default”][vc_column css=”.vc_custom_1534730699674{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column_text]Em um ano atípico na história da humanidade, o que já pode ser dito sobre como serão as diretrizes e adaptações para a retomada das aulas em 2021 [/vc_column_text][vc_empty_space][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Isolamento social, interrupção das aulas presenciais, ensino remoto, acesso aos conteúdos. A partir de março de 2020, em especial nos meses subsequentes, o segmento da educação se viu em momentos de pânico e incerteza diante desse novo e repentino cenário.

Após mais de um semestre vivenciando as experiências e adaptações para o chamado “novo normal”, gestores escolares de instituições de educação básica estão atentos às diretrizes nacionais, para saber quais serão as normas dos seus respectivos sistemas de ensino, com o objetivo de compor o planejamento escolar para 2021.

Os holofotes estão direcionados às orientações do Conselho Nacional de Educação (CNE), a fatores como, primeiramente, segurança, volta das aulas presenciais e reposição do currículo, bem como à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que tinha no ano de 2020 um período fundamental com os preparativos para implementação do Novo Ensino Médio nas escolas do Brasil.

 

O retorno das aulas presenciais

 

Ex-presidente do CNE, o professor da Universidade Regional de Blumenau – Furb, Eduardo Deschamps, participa ativamente das discussões e projeções para a educação no país e, durante a pandemia, não foi diferente.

O educador acredita que, primeiramente, é preciso visualizar qual será o momento em que as redes poderão efetivar um retorno seguro e mais amplo das atividades com os alunos para, assim, executar um planejamento mais concreto para o próximo período.

“Será um ano atípico, onde teremos como desafio o de garantir a atividade presencial essencial e, também, preencher as lacunas deixadas neste ano, com o isolamento”, pontua.

 

As avaliações diagnósticas

 

Já realizadas em algumas redes, as avaliações diagnósticas têm por objetivo identificar no aluno em qual estágio ele se encontra, no contexto dos objetivos de aprendizagem.

“Essas avaliações serão aplicadas de maneira geral, para todos os estudantes e, obviamente, para aqueles que estiverem em níveis não tão adequados, deverá ser feito um trabalho mais específico”, explica.

Uma proposta que deverá ser adotada nas realidades das redes pública e particular (ver abaixo).

Deschamps reforça que, além do conteúdo previsto para o ano letivo de 2021, será preciso elaborar uma estratégia para preencher lacunas no aprendizado que tenham sido deixadas ainda em 2020. “Mesmo que ultrapasse o período proposto, ainda assim, sou otimista quanto a essa adequação”, afirma.

 

A BNCC

 

O ano de 2020 começou acelerado e otimista, focado nos trabalhos de desenho e planejamento da programação técnica das mudanças previstas na BNCC para o Novo Ensino Médio. As mudanças nos cronogramas e das aulas presenciais impactaram diretamente nessa logística, que estava em pleno desenvolvimento tanto na rede pública quanto na privada.

Mas, segundo o ex-presidente do CNE, o assunto não foi deixado de lado e, mesmo com certo delay, continuou em pauta entre gestores ao redor do país.

“Até os meses de agosto e setembro, eu recebia apenas solicitações para auxiliar nos processos de retomada e construção de currículos, que eram temas mais urgentes; no entanto, passado esse período, tendo em vista que ainda não é uma etapa de aplicação, as equipes foram estimuladas a continuar produzindo”, garante, citando como exemplos estados como São Paulo, que já aprovaram seus currículos.

Para Deschamps, em 2021 essa implementação será tímida, mas é possível que em 2022 ela seja mais plena ao redor do território nacional.

 

A tecnologia

 

Foco de resistência de alguns professores e gestores, com a brusca interrupção dos trabalhos presenciais, os recursos tecnológicos passaram a fazer parte de uma preocupação mais imediata e urgente.

O uso dessas ferramentas e de todo o potencial que elas oferecem para ajudar os alunos, foram explorados das mais diversas maneiras. Para exemplificar essa realidade, o educador cita frase proferida pela professora doutora Kátia Smole, no jornalístico Fantástico, da TV Globo. “O que ela disse é a mais pura verdade: os professores brasileiros não desistiram dos alunos”.

As consequências do amadurecimento do olhar para essas novas possibilidades poderão ser aplicados, por exemplo, no desenvolvimento do ensino híbrido, alternando ações que necessitam do contato mais humano, com outras que podem ser feitas a partir do uso da tecnologia.

 

O olhar para o professor

 

“Vencida a primeira etapa emergencial, do início da pandemia, acredito que a estrutura da educação respondeu muito bem”, avalia Deschamps.

Na sua opinião, em um momento tão adverso, as redes conseguiram, através de um trabalho de comunicação e sensibilização, desenvolver um plano de ação para a continuidade das atividades de ensino.

“O esforço para minimizar os impactos foi significativo – e é fundamental registrar e reconhecer o empenho dos atores do sistema educacional”.

 

Redes pública e particular

 

Na educação do Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), de 2019, estamos falando de um universo em que mais de 80% dos alunos matriculados no ensino fundamental e médio, cursam a rede pública – e, consequentemente, os demais 20% estão nas instituições particulares.

Em um contexto de pandemia, foram notadas realidades distintas na implementação de planos de ação para esses dois públicos distintos.

No caso das instituições públicas, alguns dos problemas relatados esbarram na própria realidade brasileira. Em um contexto onde as aulas passaram a se desenvolver em ambiente remoto, dados como os divulgados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostram um país onde 39% dos estudantes dessas escolas não possuem nenhum dispositivo para acessar os conteúdos em casa (smartphones, tablets, computadores de mesa e notebooks).

A pesquisa TIC Educação 2019 mostrou, ainda, que 28% das escolas em áreas urbanas possuem algum tipo de plataforma ou de ambiente virtual de aprendizagem – essa estrutura está presente em 64% das escolas particulares e, no caso das públicas, em 14%.

Apesar de um universo menor de alunos e condições mais favoráveis para a implementação de ações durante o período do isolamento social, uma reclamação comum de docentes nessas atividades práticas foi a falta de padronização na forma como os trabalhos foram conduzidos, variando entre uma instituição e outra.

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