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APRENDIZAGENS
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Como garantir que o ensino aconteça
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Após turbulento período de quebra de rotinas educacionais, os mecanismos de formação e as estratégias para reduzir o impacto da pandemia nas salas de aula
[/vc_column_text][vc_column_text][/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Registros preocupantes emanam das escolas em decorrência de danos causados pelo isolamento social e a pandemia. São questões de desequilíbrio nas relações escolares, com casos diversos de agressividade, desestímulo, abandono. E há os vácuos de aprendizagem em língua portuguesa e matemática, evidenciados pelas pesquisas e avaliações, sem contar o que deve estar acontecendo com os demais componentes, observa a diretora do Instituto Reúna, a professora Katia Smole.
“Resolver essa questão vai exigir um conjunto planejado e bem definido de ações que permitam reduzir os impactos – e líderes de secretarias e equipes gestoras das escolas têm papel essencial para organizar e desenvolver o plano, bem como monitorar se eles surtem efeito ou precisam ser ajustados”, explica, ressaltando que essa não é uma tarefa que acabou em 2022. Na verdade, esse caminho apenas começou.
O QUE OS ESTUDANTES PRECISAM APRENDER
Na visão de Smole, o momento atual da educação brasileira exige considerar eixos como currículo priorizado, segurança emocional para os estudantes e professores, seleção de boas atividades e, ainda, a formação dos educadores para lidar com tantos e diversos desafios. A avaliação contínua, ressalta, será a ferramenta de acompanhamento para saber se os planos estão dando certo ou precisam ser ajustados.
“Sempre digo que um planejamento começa pela resposta a três perguntas, nesta ordem: o que os meus estudantes precisam aprender; como aprendem e o que eu vou fazer para que aprendam?”, enumera.
As respostas para o segundo e terceiro questionamentos estão no material didático – que ela chama de potente aliado da docência. “Eu não vejo necessidade de fazermos grandes adaptações nesse conteúdo, mas que seja utilizado para ensinar aquilo que vai estar no currículo priorizado. Será preciso fazer escolhas e o que as define é o que se espera que os estudantes aprendam”, complementa.
RECOMPOR OU RECUPERAR?
Na explicação da professora, a recomposição das aprendizagens inclui a recuperação, mas é maior que ela. “É um conjunto articulado de ações para garantir que as aprendizagens, que sequer foram feitas pelos estudantes, aconteçam”, pontua.
Dentre os tópicos que estão inseridos nesse contexto estão, por exemplo, organização dos tempos de aula, modificações necessárias nas turmas, formação docente, planejamento de apoio socioemocional dos estudantes, avaliações diagnósticas e formativas etc.
A recuperação é uma ação mais pontual, realizada após ou durante o processo avaliativo para apoiar que o estudante alcance uma aprendizagem específica de uma etapa do ano. A recomposição, por sua vez, deve durar pelo menos até 2025. “Enquanto a recuperação é responsabilidade do educador com os alunos, a recomposição é responsabilidade de gestores, professores, equipes pedagógicas”, complementa.
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO
Segundo a docente, a avaliação é essencial nesse processo. Seja para situar os estudantes e os professores no ponto de partida em que estão as aprendizagens, permitindo diagnóstico e tomada de decisão sobre os passos seguintes do planejamento, seja para acompanhar cuidadosamente se as aprendizagens previstas estão acontecendo ou não.
“A sala de aula é um meio de o educador acompanhar os alunos em processo e tomar decisões rápidas para ajustar as atividades e garantir aprendizagens”, complementa.
CRIANÇAS: CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS
Na opinião da diretora da Escola de Educadores, Beatriz Ferraz, especialista em educação infantil, os fatores que compõem uma boa experiência de aprendizagem são, além da construção de conhecimentos, as habilidades, valores, atitudes, afetos e princípios que se dão por meio de ações de descoberta das crianças.
“Diz respeito ao sentido e ao significado que o aluno dá para aquele saber e, com isso, a gente pode dizer que o resultado dessa experiência positiva é a construção de saberes que são efetivamente incorporados a esse estudante”, pontua.
Para atingir esse objetivo, esclarece que é importante que existam aspectos essenciais: garantir que esse público tenha um papel ativo e seja protagonista desse ato de co-construir essas experiências, com a fundamental interação com os outros sujeitos. “Ele tem a oportunidade de se dar conta do que a sua experiência gerou e se apropriar, por meio de transformação, em um contexto de aprendizagem social”, diz.
FORMAÇÃO E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Na análise da socióloga e professora Maria Helena Guimarães de Castro, que foi presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) durante os dois anos da pandemia e, atualmente, está à frente da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave), existe uma preocupação com a falta de experiência nos programas de formação inicial. “Saem das faculdades despreparados para os enfrentamentos na rotina. Quando chegam ao exercício profissional, sentem falta de conhecer mais a realidade da sala de aula”, aponta. Mas também observa os desafios que estão ligados aos 2,3 milhões de docentes existentes nas redes pública e privada – “em geral, o professorado demanda um conhecimento maior de métodos e práticas pedagógicas”.
Na visão da especialista, as normas apresentadas pela Resolução nº 2, de 20 de dezembro de 2019, que define as diretrizes nacionais para a formação inicial de professores para a educação básica, propõem o compartilhamento de boas práticas para a categoria.
“Traz uma proposta inovadora, atualizada, alinhada com as melhores medidas e tendências internacionais, pois valoriza a prática docente, a formação profissional desde o início e a importância de o professor aprender a aplicação pedagógica do conteúdo que vai ensinar”, explica.
As mudanças vão servir, também, para a formação continuada dos profissionais que estão em atuação nas redes. “Esse público precisa de métodos que estimulem a inovação, para que possam desenvolver um currículo por competências e assim por diante”, ressalta.
Ainda de acordo com a resolução, as novas diretrizes preveem o estabelecimento de redes de colaboração e comunidades de aprendizagem, em que os educadores possam trocar suas práticas, ideias e propostas que podem inspirar o trabalho de outros colegas. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]